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1ª ETAPA – O TEATRO DA PINHEIRA (2004 – 2005)
O Grupo Teatral Os Bruxos da Corte surgiu na Praia da Pinheira em julho de 2004. Tudo começou quando Takashi Severo, escritor e diretor teatral, se mudou da grande babilonia de sampa em busca de sossego no litoral catarinense. O acaso o trouxe para a Pinheira e lá, ao invés de se tornar pescador, como só sabia teatrar, começou a formar um grupo de teatro.
Acontece que um grupo de teatro numa vila de pescadores é algo um pouco improvável. Poucas pessoas levaram fé nessa história. Juntou-se então duas pessoas: Veronica e André que começaram os ensaios de A FALECIDA, uma adaptação para dois atores do texto de Nelson Rodrigues. No início de julho a esquete estava pronta e então iniciaram apresentações em festas na comunidade: Festa da Tainha, Festa Junina, campanha política e jantar beneficiente. Devido ao bom desempenho iniciamos uma temporada em agosto no bar e restaurante Rupestre, então um reduto cultural na praia da Pinheira. E lá a temporada foi um sucesso.

Então se no início as pessoas achavam impossível o teatro na pinheira, com o início das apresentações foram juntando muitas pessoas querendo participar e assim iniciamos os ensaios de mais dois textos: A PEQUENA LOJA DE HORRORES e EMBAÚ DA FELICIDADE.

Empolgados resolvemos alugar um galpão do antigo sacolão de frutas, que estava desativado, e adaptamos esse espaço improvável num centro cultural. A partir de então foi criado o TEATRO DA PINHEIRA. Esse espaço resistiu por 10 meses e produzimos 6 espetáculos e o sétimo que ficou pelo caminho:

- A FALECIDA, de Nelson Rodrigues,
- A PEQUENA LOJA DE HORRORES, de Takashi Severo;
- EMBAÚ DA FELICIDADE, de Takashi Severo
- TIXA LAGARTIXA, de Sandro “Macaco Elétrico” Ribas, Caetana e Takashi
- CUIDADO CRIANÇAS, de Takashi Severo;
- ESPERANDO ZULÚ, de Takashi Severo.
- MARCIANITA, de Takashi Severo (abortado antes da estreia pelo fim do teatro)

Foram 10 meses de resistência porque tínhamos que pagar aluguel, produzir as peças, comprar materiais (extensões, refletores, caixas de som, máquina de fumaça, etc), cenários, cortinas, etc, e tudo isso com bilheteria de teatro numa vila de pescadores (nosso ingresso era de R$ 3). Apesar de sempre contar com peças em cartaz e um público surpreendente, não era o suficiente para manter a estrutura do teatro então criamos a o sistema de “patronagem”, que consistia numa espécie de patrocínio que o comércio local colaborava com nossa iniciativa (com R$ 10, R$ 30, R$ 50) e paralelamente entramos com um pedido de patrocínio ao governo estadual de manutenção do nosso espaço.

Os grandes momentos dessa 1ª etapa foram a participação da mostra paralela do XIV Festival de Teatro Isnard Azvedo com as peças A PEQUENA LOJA DE HORRORES e EMBAÚ DA FELICIDADE, essas apresentações no Teatro da Pinheira pela primeira vez levaram o festival para fora da ilha,recebendo grande destaque na mídia, com matérias no DC, RBS e SBT.

Pessoas que participaram dessa 1ª etapa dos bruxos da corte: veronica staats, dré andré, sandro ‘macaco elétrico’ ribas, flavia, caetana e laura, harrison e mariana, dedé, chiquinha, aline, samanta, nilson, zorba, diego e as crianças: ingrid, jaime, carol, vitória, camila,etc.

Dentre nossos patronos destacamos: o grande artista Jacob Silveira, Jucélia Weber, restaurante recanto, agropecuária, bila, swashtya yoga, rest sea cocquille, supermercado santos, los fricks, big bamboo, pousada do francês, pousada gaivota das pinheiras, a escola que nos emprestou as cadeiras, o macaco que conseguiu o equipamento de iluminação, e tantas outras pessoas pois minha memória já não é mais a mesma.

Infelizmente o sonho do Teatro da Pinheira acabou por total falta de vontade do locador, o tal dono do sacolão; ele realmente não curtia a história do teatro e decidiu demolir o antigo galpão para aumentar área de estacionamento ou qualquer outra coisa, de maneira que quando saiu o patrocínio para a manutenção do nosso espaço cultural este já não existia mais e então começou a segunda etapa na história da trupe teatral.

2ª ETAPA – PROJETO ESCOLA (2005 a 2008)

O fim do teatro da pinheira não foi o fim do grupo. Em meio a ressaca apareceram duas grande oportunidades. O convite de fazer a encenação do nascimento de cristo e o convite para ensaiar no Salão dos Idosos, local que nos abrigou entre 2005 e 2009, graças a boa vontade de Dona Lúcia.

Nesse novo local de ensaio uma nova fase iniciamos:

Percebemos que uma das grandes dificuldades para (sobre)viver de teatro é a falta de interesse das pessoas em relação a cultura e um dos grandes desafios seria a formação de público. Pensando nisso iniciamos os ensaios de duas peças, uma infantil e a outra para adolescentes: A MÃE DO PATINHO FEIO e OS RINOCERONTES.
Ambas eram fábulas, ou seja, falavam de bichos para falar de gente, e foram montadas visando criar o público do futuro, ou seja, as crianças e os adolescentes. Com o dinheiro do patrocínio, que não mais seria usado para a manutenção do Teatro da Pinheira (pois havia sido demolido), elaboramos e financiamos o PROJETO ESCOLA, que consistia em apresentar esses espetáculos para escolas públicas e privadas, cobrando valores simbólicos de ingressos (R$ 1). Ao final da apresentação havia um debate com os alunos abordando os temas apresentados nos espetáculos.
O projeto foi um sucesso por diversos fatores:
- apresentação em sete municípios da grande florianópolis e litoral sul (palhoça, são josé, florianópolis, santo amaro da imperatriz, paulo lopes, garopaba e imbituba)
- mais de cem apresentações em escolas públicas e privadas com um público estimado em 10 mil alunos
- a formação de uma geração de alunos curtindo o teatro dos bruxos
- uma forma de o grupo se auto gerir com os recursos das apresentações

No ano seguinte produzimos mais dois espetáculos. Preparamos uma peça infantil trabalhando as questões folclóricas trabalhadas por Franklin Cascaes (para comemorar o centenário de seu nascimento) e para os adolescentes e público adulto concluímos a montagem dos 3 atos de A FALECIDA, de Nelson Rodrigues, numa adaptação para 3 atores. Com esse espetáculo fizemos temporadas no restaurante Big Bamboo e participamos do Festival de Teatro de Pomerode. Em seguida iniciamos o processo de aquisição de direitos autorais mas ao mesmo tempo, por problemas internos, tivemos que “dar um tempo” na montagem (esperamos em breve ressucitar A Falecida, num projeto maior que falaremos adiante).

Cabe ressaltar também duas novas montagens produzidas pelos bruxos:

Em 2005, na ressaca do fim do teatro da pinheira e início da nova fase de projeto escola, a professora Hélia nos convidou a montar um auto de natal. Esse foi o ponto de partida para fazer um projeto antigo que tínhamos: recontar a história de cristo sob um outro prisma: não a mitologia de deuses e semi-deuses, e sim a história de pessoas comuns. Inspirado pela canção “José” de Rita Lee, montamos ´José´, que acabou sendo batizado de “O Nascimento de Cristo no Vale da Utopia”, peça que seria remontada pelos anos seguintes sempre com grande repercussão de público e crítica e com mini-turnês em diversas cidades.

No ano seguinte, Mario Souza, um dos atores que ingressaram no início dessa nova fase, propôs a montagem de um monólogo inspirado na obra de Malba Tahan, “A Sombra do Arco-Iris”, peça poética que participou de diversos eventos, como a Mostra de Artes de Garopaba, temporadas no Big Bamboo e Ponto Íntegro pelos verões seguintes.

Ao todo, nessa segunda etapa montamos as seguintes peças:
- A MÃE DO PATINHO FEIO , de Takashi Severo (de 2006 a 2009)
- OS RINOCERONTES, de Takashi Severo – inspirado no texto de ionesco (de 2006 a 2008)
- AS BRUXAS DA ILHA, de bianca e sara, dramaturgia takashi severo (2007)
- A FALECIDA, de nelson rodrigues (versão completa) (2007)
- A SOMBRA DO ARCO-ÍRIS, malba tahan, projeto de mario souza, direção takashi 2006 a 2009)
- O NASCIMENTO DO CRISTO NO VALE DA UTOPIA, de takashi severo (2005, 2006, 2007, 2010)

Pessoas que participaram dos bruxos nessa segunda etapa: veronica staats, dré andré, mario souza, fernanda colpani, bianca andrade, sarah andrade, ramon noro, jucélia weber, dico, diego basco, vera, seu paulo, dagoberto bordin, betão e ruth, os adolescentes: pamela, ingrid, jaime, cleber, julio cesar, esther e as crianças: martyin, bruna, patricia, tales, gabriel, e tantou outros “anjinhos”.

Parceiros importantes dos bruxos nessa época: salão dos idosos da pinheira e dona lúcia, secretaria de educação da palhoça (jocelete, judite, edivane), secretaria de turismo de garopaba, seu lucio do supermercados rosa, pessoal do seitec, cdl de floripa, restaurante big bamboo, ponto íntegro, prefeitura de pomerode, professora Hélia e o Pró-Crep, Professor Madeira e seus Atletas da Natureza, teatro adolpho mello e teatro da ubro.

Depois de quase 4 anos trabalhando com o forte intuito de formar público, com crianças e adolescentes, estava na hora de voltar ao público adulto e às peças mais alternativas. Tudo começou no verão de 2004/2005, durante a temporada de “Esperando Zulu”, um dos assíduos frequentadores era Jacob Silveira, pintor de renome e agitador cultural, que entre uma sessão e outra me comentava: “olha, tem uma história que aconteceu comigo nazantigas que tenho certeza daria uma grande história” – essa história que Jacozito falava era o tal do palhostock, um festival tipo woodstock que aconteceu na palhoça em 1974, organizado por Jacob e mais dois amigos. Aquela história aos poucos foi me contagiando, a semente estava jogada...

3ª ETAPA: O PALHOSTOCK (2008 a 2011)
Logo após o carnaval de 2008, tive um sonho sobre um festival de música, muito vivido, terminava com a tropicália (viva a bossa-çá-çá, viva a palhoça – çá-çá-çá!). Na noite seguinte o mesmíssimo sonho; acordei pronto a escrever uma peça, mas pera lá, já que escrever sobre essa história sonhada de um festival porque não sobre o palhostock! Já havia uma história em mim, precisava agora pesquisá-la. Consegui uma cópia de uma tese de mestrado em história sobre o palhostock (do paulo valério). Beleza! Com aquele material criei um “esqueleto”, uma história linear sobre aqueles distantes dias. Então iniciei o processo de pesquisa: entrevistas com os participantes: primeiro Jacob (tantas e tantas conversas e umas três entrevistas oficiais), em seguida Baldicero (que foi o mais sóbrio e lúcido, que me entregou em papel um depoismento de suas lembranças) em seguida Edgard (com o lado-B da história e muita LOUCURA).

Em abril escrevi a 1ª parte da história e gostei do resultado. Aí iniciei o processo das mil e uma entrevistas (com todas as personagens possíveis) e a cada entrevista re-conceituava a peça que surgia em minha mente. Quando vi o tamanho da peça que surgia decidi que estava na hora de fechar um ciclo na pinheira e expandir os horizontes: de volta a babilonia!

Em 2009 comecei a lecionar na palhoça para garantir o transporte (quem conhece a paulotur sabe do que estou falando – a pior empresa rodoviária desse planetinha!) e me fazer ir para a babilonia, sair do sossego da pinheira e voltar para a cidade! Lecionava teatro num projeto de escola integral da prefeitura da palhoça (fruto do sucesso do projeto escola); minhas aulas de manhã e a tarde; e a noite, por minha própria vontade poderia formar um grupo na palhoça. A ideia era fazer oficinas teatrais para conseguir artistas e técnicos que pudessem participar do palhostock!

Na palhoça não havia sequer um espaço, por isso tive que ir para são josé. Lá apareci numa terça e na quinta-feira já conseguira salad e ensaio na casa de cultura, o adolpho mello e arena multiuso (já batalhava por um espaço na palhoça há sete meses). Após conseguir com são josé o pessoal da palhoça decidiu se mexer e conseguiram uma saleta atulhada debaixo das arquibancadas do ginásio do carangueijão. Já era um começo!

Em são josé a turma do adolpho mello logo colou junto comigo e formamos um grupo chamado ´além do palco´ mas nossos santos não bateram tão bem por isso me concentrei na turma que formava na palhoça (minha vontade é que o palhostock acontecesse na palhoça, pois é uma história de lá – o lado-B da palhoça – uma história que fala do passado para apontar o futuro – que nossa ópera rock possa chacoalhar culturalmente a palhoça como o palhostock chacoalhou três décadas atrás!)

MUITOS SÃO CHAMADOS, poucos os escolhidos! Sei lá, umas sessenta pessoas frequentaram as aulas e dyonisos foi picando algumas. Fizemos muitos exercícios (e dá-lhe boal!) e limos diversos textos e devido a força de juventude que era aquele grupo (o primeiro grupo no qual eu era mais velho – tá certo estou ficando velho de qualquer maneira) fez com que montássemos a história das duas ninfetas do ´perdoa-me por me traíres´, do nosso bardo nelson rodrigues. O local que ensaiávamos era uma saleta e os corredores aabaixo das arquibancadas do ginásio do caranguejão, então naquele corredor e suas saletas montamos a via crucis daquele espetáculo, de maneira que quando a plateia fosse assistir teria que seguir as personagens em seu martírio. E assim montamos o primeiro projeto da oficina teatral palhostock: PERDOA-ME POR ME TRAÍRES.

Apresentações em escolas de adultos (Faculdades e EJAS), temporada na ´casinha do papai noel´ na praça central da palhoça, no casarão da casa de cultura de são josé, espaços alternativos, uma montagem muito interessante. (em breve pretendo juntar a falecida e o perdoa-me e quem sabe juntar o boca de ouro – sermpre quis encenar esse texto na palhoça – por que será?! – a história de um bicheiro sob o reinado de reinério!)

Enquanto isso, o palhostock foi tomando forma, transformando-se numa ópera-rock, em dezembro de 2009 terminei a escrevinhação do roteiro – embora ainda tenha diversas cenas na cabeça – sempre encontro pessoas que assistiram o palhostock e cada qual tem uma história bacana – acontece que o roteiro está grande a beça e na real tenho que começar a “cortar” cenas – o eterno dilema entre dramaturgo-diretor-produtor, tudo na mesma pessoa (mais informações sobre o palhostock ver www.palhosblogstock.blogspot.com)
Paralelo a tudo isso apareceu um produtor (?) querendo que fizesse um teatro da gralha azul. O tal produtor era mais um daqueles paraquedistas atrás de $$ (por que um sujeito desses simplesmente não arranja um emprego que dê dinheiro?!) sem ter a mínima noção do que é uma peça de teatro isso sem entrar nos detalhes do et cetera! Ele queria que eu montasse uma peça em 5 dias (ele já estava com as escolas agendadas!) apesar da loucura eu topei (pois um dos motivos de ter desistido de apresentar o projeto escola é porque eu não tinha mais saco para ´vender´ as peças às escolas – e agora eu tinha um sujeito que vendia as peças mas não tinha um grupo) topei com a condição de re-escrever tuda aquela história de gralha azul. Na madrugada seguinte escrevi A FLORESTA DE CRIANÇAS – um um texto muito bacana, com uma árvore hippie, o tal lenhador e a gralha, uma peça muito bacana que incluia a plateia na cena final, eles tinham que interpretar junto com a árvore transformando a todos numa floresta!, claro que essa loucura só se tornou real porque encontrei duas pessoas demais: a veronica e o mario, que toparam ensaiar esse texto em regimen de urgência! E conseguimos!!
mas essa parceria não durou muito tempo porque havia uma visão de mundo muito diferente entre nós e o produtor, uma pena porque a peça era bacana.

Em 2010 tivemos algumas mudanças; com a mudança do diretor do caranguejão ficamos desalojados (o espaço que era ruim ficou pior: desapareceu). Voltamos para são josé, na casa de cultura de lá e ensaiamos lá enquanto não conseguíamos um espaçoi na palhoça. Mas onde? A faculdade da palhoça havia se mudado para um novo espaço, na ponte do imaruim, com um grande auditório, que não estava sendo usado. Tentei ensaiar lá mas diversos sub-diretores metidos a mandões deram diversos argumentos burocráticos nos impedindo de respirar o oxigênio daquele espaço não-utilizado.Então conversei com mariah (a diretora da fmp) e ela liberou na hora o espaço para nós! Que bom falar com quem manda e tem alma aberta. Quanto às aulas tive que parar de lecionar para as crianças porque estava ficando estressado (dormindo tarde – a madrugada é o único momento que posso escrever tranquilo – acordando cedo, ônibus das seis, crianças bagunceiras, abstinência da maria joana – PÁ – minha pressão foi para o espaço e larguei tudo). Em julho o pessoal da cultura da palhoça me contratou, oficializando nossa oficina teatral. Abri várias turmas e em setembro estreamos a segunda montagem da oficina teatral palhosotck: PORCA LOUCA - uma reunião de esquetes. Em seguida a re-montagem de A PEQUENA LOJA DE HORRORES, com outra turma A GREVE DO SEXO, de Aristófanes, comédia grega infelizmente ainda atual.

Peças produzidas pelos bruxos nessa nova fase:
- PALHOSTOCK (pré-produção), de takashi severo
- PERDOA-ME POR ME TRAÍRES, de nelson rodrigues
- A FLORESTA DE CRIANÇAS, de takashi severo
- PORCA LOUCA, de takashi severo.

 

4ª ETAPA: 2011 – TURMA NOVA, NOVA ETAPA

 

Em 2011 iniciamos o ano em um novo espaço. A FMP (Faculdade Munbicipal da Palhoça). Graças a sensibilidade de Mariah Pereira, reitora da FMP, pudemos peça primeira vez ter um espaço adequado para os ensaios e aulas de teatro. Esse novo espaço para Os Bruxos foi de fundamental importância a nova estrutura do Grupo.

 

Em 2011 formou uma grande turma para novos atores, quer dizer, atrizes, pois sempre as mulheres são maioria quando se trata de coragem. Com essa turma criamos uma peça nova, uma coletânea de esquetes inspiradas em textos de Woody Allen, Monthy Pyton e Italo Calvino e montamos “O Circo Voador”.

 

A estreia foi no Teatro Adolfo Mello – não sabiamos naquela época que em breve o teatro seria fechado para, pelo menos até hoje, nunca mais abrir. Setembro de 2011. Aniversário do Bin Laden!

 

De todos que entraram restou um elenco muio importante para Os Bruxos nessa nova etapa: Tati Miiller, Geruza Bandeira, Aline Luz, Poliana Albino. Com essas novas atrizes, egressas do curso de montagem teatral, mais o Marinho e o Ras Timbre (formando nossa Banda de Elevador) participamos do primeiro Festival Competitivo.Em Joaçaba, o Festejo.

Com muita garra e improviso embarcamos no ônibus trazendo a esquete “O Plano” ainda não totalmente finalizada. Na última hora o Timbre não viajou pois ia nascer o seu filho, Ras Nahuê. Um amigo que fizemos no Festival (Mateus Dal Ponte) topou ensaiar as canções e quase no improviso apresentamos nosso anárquico Circo Voador. O Festival previa apenas premiações técnicas, e levamos “Melhor Iluminação”.

 

Esse foi o primeiro de muitos festivais em que “O Circo Voador” aterrisaria. Na sequência veio o Festival de Curitiba, FECT (em São Paulo), FesQ (em Cabo Frio RJ ), Rosário do Sul RS, entre outros, com 7 premiações entre Melhor Espetáculo Voto Popular (Rosário em Cena), Melhor Esquete, Melhor Atriz e Melhor Diretor (Festival de Esquetes de Taió-SC), Melhor Iluminação e Melhor Cenário (FECT SP), Melhor Ilumnação (Festejo-SC).

 

“O Circo Voador” também fez temporadas no Teatro Afolfo Mello, Teatro da UBRO, TAC, no Shopping Via Catarina, participou do Projeto Caminhão

do Bem, e no Projeto Teatro na Escola, apresentou-se a milhares de estudantes de centenas de escolas entre SC, RS e PR.

 

5ª ETAPA – PROFISSIONALIZAÇÃO DO GRUPO

 

Com o sucesso do Circo Voador o grupo ganhou nova dimensão graças ao trabalho, talento e comprometimento de duas artistas, Tati Miiller e Geruza Bandeira. Elas decidiram largar seus empregos convencionais e decidiram embarcar de corpo e alma no Teatro. Retomamos espetáculos do repertório do Grupo, tornamos fixos os Projetos Escola de Teatro e Teatro na Escola, e começamos a profissionalizar nossa produção.

 

Em março de 2013 criamos o CNPJ do grupo, como Associação sem Fins Lucrativos e conquistamos o título de Utilidade Pública. A partir de então demos entrada num pedido de doação ao Estado, através do qual fomos contemplados com a aquisição de um veículo Kombi. O qual foi grafitado pelo artista e nosso cenógrafo Wando Cunha, e a Kombi transformou-se então em nossa querida Marcianita, que além de nos levar às apresentações por mais distantes que sejam, tornou-se um dos símbolos do grupo, espalhando sua beleza e alegria colorida pelas estradas.

 

Em 2013 produzimos “Como Fazer Uma Palhaça Feliz” e retornamos ao Festival de Curitiba. E na Escola de Teatro produzimos “Bokarra de Ouro”, nossa homenagem ao ex-prefeito e bixeiro Reinério.

 

Em 2014 fizemos uma adaptação livre de “Pic Nic No Front”, de Fernando Arrabal, dentro da Escola de Teatro. Vimos que era uma peça com potencial, um astral legal, e mesclamos os atores dos Bruxos com o novo elenco formado em nossa Escola: Fagner Casali, Camila Petry e Jadna Saibert.

 

Essa nova peça ganhou o título de “#FamiliaReunidaNaGuerra” . Fizemos a estreia em setembro de 2014 (ah a primavera) , depois fizemos o Festival de Curitiba e depois os Festivais competitivos em RS. E o # foi consagrador. Recebeu 16 prêmios nos três festivais que participou (Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Iluminação e Melhor Sonoplastia) em todos os festivais que participou.

 

AUDIOVISUAL

 

Nossa primeira experiência com audiovisual foi um filme feito em celular chamado “Cuidado Crianças”. O Elenco foi formado com os alunos de nossa turma de teatro mesclados com atores do grupo.

 

Em 2013 fizemos um curta-metragem chamado “Oto 17”. Uma parceria com nosso companheiro dos primórdios do Grupo, Diego Alvarez, diretor e roteirista do curta, e sua produtora, AdubFilmes. O elenco foi formado pelos atores dos Bruxos e o curta foi finalizado em San Sebastian, Espanha, em 2014. O curta foi selecionado em diversos Festivais internacionais na Espanha, Itália, Croácia, Venezuela.

 

A partir de 2015 começamos uma parceria com Luciano dos Santos, cineasta radicado na Palhoça e sua produtora Kine Werk, e iniciamos a produção de curtas-metragens para serem postados na Internet. Em 2015 realizamos os curtas “Paradoxo do Avô” e “Nóia”.

 

E através de nossa Escola de Teatro realizamos dois curtas-metragens com a participação de nossas alunos da turma infanto-juvenil. “O Livro Sagrado” e “Tem um Menino na Minha Escola”.

 

Em 2016 iniciaremos a produção de um documentário chamado Suliland, que foi contemplado no Edital Curta-Afirmativo.

 

CEU

O CEU foi o primeiro Espaço Público Cultural da Palhoça. Foi uma parceria com o goverrno federal e Prefeitura, contendo Biblioteca, Cineclube e Teatro. Infelizmente o Poder Público não cuidou desse patrimônio, por isso desde fevereiro de 2015 começamos a ocupar artísticamente esse espaço. Nesse local temos ensaiado e mantemos temporadas de nossos espetáculos, além de oferecer aulas de teatro para a comunidade.

A ideia sempre foi fomentar a arte teatral e para isso sabemos da necessidade de criar e capacitar novos grupos. Com o espaço do CEU pudemos também abrir espaço a novos artistas e grupos que tem ocupado esse espaço conosco: Das Cátedras, Atemporal e Cia, Tribo Aririú e Trupe dos Tristes Tigres são alguns dos grupos parceiros que surgiram nessa jornada teatral que Os Bruxos da Corte tem empreendido na Palhoça e região.

 

Vida longa aos bruxos!

#VidaLongaAosBruxos

 

 

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